sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Psicanálise

Estou lendo um livro que é um curso de psicanálise. Percebi que é necessário para qualquer psicanalista, ainda que os leigos - ou seja, não formados em Medicina, fazer auto análise ou se submeter a análise com um colega ou um mentor.

Interessante notar que Freud iniciou algo usando metáforas conhecidas do ser humano, buscadas na mitologia. Seus seguidores avançaram e aprofundaram a questão psicanalítica, aplicando um prisma nessa luz única que era a psicanálise.

Interessante notar que as pessoas muitas vezes os endeusam sem perceber que existe o componente forte da estrutura de valores do passado muitas vezes incompatíveis com os valores atuais.
Essa estrutura de valores foram também submetidas às auto-análises mas eram limitadas aos conhecimentos da época.

Isso também determinou para Jung as estruturas básicas que conteria em todas as pessoas. Como garantir que os valores religiosos, morais, ideológicos e políticos fossem desvinculados da análise? Fossem desvinculados das observações? Não teria Freud um preconceito aos psicóticos? A análise não poderia estar limpa pois estaria encharcada, influenciada com os aspectos e costumes no tempo e espaço que se situa.

Esses questionamentos aparecem quando percebe-se, pelo estudo da psicanálise, que há, além da catarse, uma profunda dialética na questão da análise e também é elemento histórico estruturante dos grupos psicanalíticos.
Pode-se fazer um paralelo com a história do partido comunista chinês: pois que eles acreditam que a luta de classes também são intestinas no partido.

Achei interessante o fato da psicanálise convencer o indivíduo de algo que o pulsa como um ditador - e pulsa cada vez mais forte quando algo se opõem, é um elemento estruturante de neurose. Esse convencimento se fundamenta também como uma opressão - contra a pulsão, gerando uma nova pulsão.

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